A Associação de Terapia Familiar do Centro-Oeste, fundada em 1996, tem o objetivo de agregar os profissionais do campo da Terapia Familiar, promovendo a prática, a formação, estudos, pesquisas e o intercâmbio de idéias e conhecimentos não apenas entre os profissionais filiados, mas também com a comunidade e com outras associações.

sábado, 7 de agosto de 2010

Relatório da Gestão ACOTEF - 2008 - 2010 - Joana d'Arc C. Santos

I – O que nos propusemos a fazer

Ao iniciar a gestão 2008-2010, em novembro de 2008, tínhamos algumas pretensões, entre elas:

1. Formação de comissões com os filiados a fim de trabalhar alguns projetos.
2. Resgatar o projeto de clínica social, ou seja, dar andamento a ele. A ideia era aliar a clínica aos cursos de formação, onde os alunos em formação oferecessem horários para atender pela clínica social ACOTEF, visando a prática. A supervisão poderia ser oferecida pelos terapeutas da Associação. Essa seria uma forma de já atrair os futuros terapeutas a se inscreverem na Associação.
3. Criação de um núcleo de psicologia jurídica ou terapeutas do judiciário dentro da ACOTEF – visto que hoje está no Judiciário o maior número de terapeutas de família. Isso pode aproximar os terapeutas dessa área e resultar em bons trabalhos.
4. Os núcleos manterem discussões periódicas, conglomerando profissionais da área e promovendo eventos que atraíssem outros profissionais associados e não associados.
5. Manter grupo de estudos e supervisão. Isso movimentará a Associação, dando vida e possibilitando a formação de grupos.
6. Programar cursos oferecidos por membros da própria associação. Sócios não pagam, não sócios pagam. Muitos membros da ACOTEF têm experiências que podem ser repassadas e, possivelmente, até tenham cursos já programados. Vamos colocar nossas competências para circular. Seria uma forma de nos fazermos mais conhecidos no meio terapêutico e também entre nós mesmos.
7. Realizar encontros regionais para maior aproximação entre os terapeutas da ACOTEF.
8. Manter os canais de comunicação da ACOTEF – grupo de e-mails, blog, boletim (virtual e impresso).
9. Alinhar a gestão da ACOTEF conforme definido no Estatuto da ABRATEF.

II – O que foi possível fazer

– Eventos
A ideia era realizar ao menos um encontro regional a fim de aproximar os terapeutas do Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Foi viável a realização de dois eventos que possibilitaram, em parte, o alcance de tal objetivo:

O I SIMPÓSIO BRASILIENSE DE TERAPIA FAMILIAR, realizado nos dias 28 e 29 de agosto de 2009, na Universidade Católica de Brasília – UCB, Campus II, foi resultado de parceria entre ACOTEF e UCB. Com patrocínio da Associação Brasileira de Terapia Familiar - ABRATEF e apoio da Associação Brasiliense de Psicodrama - ABP, do Instituto de Pesquisa e Intervenção Psicossocial - Interpsi, do Instituto Brasiliense de Estudo e Atendimento da Família - IBRAEF e do Gruppos, foi possível realizar um evento com a presença de convidados de outras associações de terapia familiar, dentre eles a presidente da ABRATEF, Cynthia Ladvocat, Luis Carlos Osório e Beth Valle, da ACATEF. Estes últimos fizeram o lançamento do livro Manual de Terapia Familiar. Além desse livro, outras obras foram lançadas nessa oportunidade. Esse evento, com cerca de 100 inscritos, representou um avanço em termos da participação na organização de um evento mediante parcerias. A comissão organizadora fez um belo trabalho e, como resultado, a ACOTEF recebeu elogios pela iniciativa e sugestões para novos eventos.

O Seminário FAMÍLIAS: CONHECER PARA CUIDAR, em Goiânia, em comemoração ao Dia Internacional da Família – 15 de maio e Dia Nacional da Adoção – 25 de maio. Foi a primeira oportunidade em que se comemorou o dia 15 de maio - DIA INTERNANCIONAL DA FAMÍLIA, seguindo à resolução da ONU. Resultou de uma proposta da Diretoria Executiva da ABRATEF (2008-2010) aprovada em 10/10/2009 em Assembleia Geral Extraordinária. Estiveram à frente da organização desse evento, o Núcleo Goiano de Estudos sobre Famílias (NUGEF) e Grupo Goiano de Estudos e Apoio à Adoção (GEAAGO), com apoio da ACOTEF, Juizado da Infância e Juventude de Goiás, CIPPE, Colégio Delta e Trupe do Açaí. Realizaram-se palestras e debates sobre assuntos atuais na área de família. O público alvo do evento constituiu-se de estudantes e profissionais das áreas de saúde, social e humanas e comunidade interessada. Esse evento revelou mais uma vez a importância da parceria na efetivação de projetos.

Além desses eventos, a ACOTEF apoiou outros:

1 - Estudos Feministas e de Gênero em Brasília: Diálogos Interdisciplinares, realizado pela Universidade Católica de Brasília (UCB), nos dias 5 e 6 de junho de 2009. Deste participaram associados da ACOTEF em razão de mais uma vez ter se concretizado um trabalho de parceria.

2 - Dos dias 21 a 24 de outubro de 2009 ocorreu em Brasília o Congresso Internacional Psicossocial Jurídico trazendo nomes importantes da terapia familiar do Brasil e do exterior como Maria Cristina Ravazzola, Lia Sanicola e Eugene Enriquez, Fernando González Rey, dentre outros. A troca de experiências foi rica e a ACOTEF marcou presença com seu apóio, especialmente na divulgação entre seus associados e participando dos debates no evento.

3 - Nos dias 18 e 19 de setembro a Associação Brasiliense de Psicodrama - ABP realizou no ParlaMundi a 8ª Jornada Brasiliense de Psicodrana e, desta vez foi a ACOTEF quem apoiou o evento daquela Associação. Na oportunidade, foi possível divulgar a associação entre os presentes e conseguir novos associados.

A organização desses eventos em parceria e a presença da ACOTEF como apoio representou também uma aproximação com as instituições formadoras (UCB e ABP). Nesse sentido, outra meta foi se configurando na gestão: aproximação entre ACOTEF e cursos formadores a fim de implementar a clínica social. Avalia-se que o tempo não permitiu que se chegasse ao ponto de vencer as etapas necessárias para o alcance do objetivo final, qual seja, colocar em funcionamento a clínica social.

- Comunicação

O fato de a ACOTEF não ter uma sede própria, muitas vezes gera uma dificuldade de se configurar concretamente a sua existência. Os associados não têm um espaço onde se reunir, trocar ideias, receber informações. Assim, a criação de um espaço que aproxime as pessoas, possibilitando trocas e viabilizando a ideia de pertencimento a um grupo, ainda que virtual, foi fundamental. A gestão passada (2006-2008) realizou essa tarefa, criando a nossaredeacotef@yahoogrupos.com.br e, tamanha foi a sua importância e funcionamento, que pudemos manter esse grupo virtual. Por meio de Ele reafirmou-se nessa gestão e tanto mostrou ser um espaço primordial para manter atualizada a comunicação entre a diretoria e os associados e/ou interessados na área, como mobilizou as pessoas a solicitarem ou fornecerem informações por meio desse canal.

Internamente também o trabalho é facilitado pelo recurso da tecnologia. Os grupos de e-mails da diretoria executiva e do Conselho diretor continuaram possibilitando agilidade na comunicação e, consequentemente, obter as ações mais rápidas. Muitas reuniões deixaram de ser necessárias em virtude desse canal de comunicação. Até mesmo documentos de extrema importância como a história da terapia familiar no Centro-Oeste, puderam ser escritos “a muitas mãos” por meio eletrônico.

O blog possibilitou aos associados se sentirem mais informados e participantes de eventos que foram registrados e disponibilizados a todos nesse canal de informação.

O Boletim virtual se manteve com periodicidade trimestral ou quadrimestral, sempre levando as notícias mais importantes do ocorrido na nossa área. Os colegas que participaram de eventos e compartilharam as informações com a diretoria, viabilizaram a disseminação de conhecimentos da área.

- Divulgação dos Terapeutas Associados

Além da troca com profissionais da área, os terapeutas que se associam à ACOTEF desejam divulgar o seu trabalho e o seu nome. O grupo virtual tem cumprido em parte esse papel, mas outros meios de difusão importantes, que se observou ser realmente utilizado na atualidade são os catálogos virtual e impresso da ABRATEF. Nessa gestão, foi realizado um trabalho de atualização dos dados dos associados para ser incluído no site da associação brasileira, podendo ser consultado por interessados em atendimento na nossa área. O produto desse trabalho pode ser acessado no www.abratef.org.br. O mesmo será impresso e distribuído, dando a oportunidade de os profissionais serem mais conhecidos e ampliarem sua clientela. Além da divulgação fora da nossa Região, será impresso o Caderno de Associados da ACOTEF que, idealizado na gestão anterior, foi concluído na atual e será distribuído. É interessante observar que durante a gestão, inúmeras vezes recebemos contatos solicitando indicação de terapeutas da nossa Região. Por isso a certeza de que esse caderno dará mais visibilidade à nossa área da terapia familiar e, em especial, aos profissionais.

- Reconhecimento de Institutos Formadores

Na atual gestão a ABRATEF estabeleceu um selo de reconhecimento de instituições formadoras que seguem as recomendações de seu documento norteador da formação. Esse documento foi repassado para os formadores da nossa Regional e dois centros: ABP, CEFAM e INTERPSI solicitaram esse reconhecimento. Assim, ao findar a gestão, foram entregues os selos a esses institutos formadores. Entende-se que a busca desse reconhecimento pela ACOTEF revela a importância da associação para os formadores, conferindo-lhe o papel que deve ter na Região. Por outro lado, o reconhecimento de uma associação que oferece respaldo para a atuação na área, atribui ao curso maior importância, além de que estas serão as instituições que a ACOTEF e ABRATEF indicarão a pessoas interessadas em curso de terapia familiar e de casal.

Acredita-se ainda que esse reconhecimento significou um primeiro passo em direção ao estreitamento de contatos com os formadores. A comunicação com esses dois centros de formação tem sido mais fluida e a ACOTEF esteve presente ao menos duas vezes em sala de aula para divulgar as ações da associação e da ABRATEF, incentivando a filiação de alunos em formação. Um caminho se abriu para novas trocas futuras.

- Participação em eventos da ABRATEF – Conselho Deliberativo e Científico - CDC e ENCONTROS DE FORMADORES

As diretrizes para o crescimento da área de terapia familiar no Brasil se dão, em grande parte, nos eventos nacionais, como Encontro de Formadores e reuniões do Conselho Deliberativo e Científico da ABRATEF, além do Congresso Brasileiro de Terapia Familiar que ocorre a cada dois anos, na passagem de uma gestão para a outra. A diretoria executiva da ACOTEF, gestão 2008-2010, considerou a importância da participação em todos os eventos ocorridos nesse período a fim de acompanhar e divulgar à categoria as questões discutidas que nortearam as ações do movimento da terapia familiar brasileira:

1 – Reuniões do Conselho Deliberativo e Científico da ABRATEF

O primeiro deles ocorreu em Recife e pôde comparecer somente o nosso tesoureiro, que é o representante eleito da ACOTEF nesse Conselho. O segundo, realizado em Curitiba, contou com três representantes da nossa Regional, a presidente (membro nato), o tesoureiro e a segunda secretária. Já o terceiro, em Itapecerica da Serra – SP, teve a representação do tesoureiro e da presidente. No último, em Vitória – ES, também a ACOTEF foi representada por esses dois membros da diretoria.

2 - Os Encontros de Formadores ocorrem de dois em dois anos, sendo na mesma época de um dos CDCs. Durante o período dessa gestão, o Encontro ocorreu em Itapecerica da Serra – SP, contando, portanto com a presença dos diretores que lá estavam e ainda com a participação da associada de Goiânia – Ângela Baiocchi, que já foi representante da nossa associação no CDC. É importante frisar que a cada encontro é escolhida a associação que sediará o próximo encontro, conforme ocorre com o Congresso Brasileiro. Assim, nesse último encontro, a ACOTEF se dispôs a organizar o próximo Encontro de Formadores, que ocorrerá no segundo semestre de 2011, um desafio para a nova gestão que deverá receber a colaboração de todos os associados.

3 – O Congresso Brasileiro de Terapia Familiar acontece a cada dois anos no local em que é a sede da ABRATEF. A organização do Congresso é feita por uma comissão organizadora, com a participação indireta de todas as associações membros da brasileira. A ACOTEF participou incentivando a inscrição de nossos associados, enviando informações necessárias, além de indicar os nomes, após divulgação por meio eletrônico, para compor mesas redondas, sub-plenárias e outros espaços de discussão no evento, como pesquisas, cursos e workshops. Além disso, para o sucesso do evento maior da nossa categoria, a coordenação de mesas no evento também tem nossa participação. O Congresso de Búzios é uma co-construção muito importante em que a ACOTEF percebe sua contribuição.

No Congresso são lançados novos escritos da categoria. Nesse congresso, será lançada a história da terapia familiar com depoimentos de terapeutas de todas as regionais e nossos terapeutas farão parte dessa história, pois buscamos as origens, recebemos a colaboração de vários profissionais do Centro-Oeste e escrevemos essa história que foi organizada pela colega de São Paulo, Maria Rita Dângelo Seixas, que também é inscrita na ACOTEF pelo fato de ser formadora na nossa Região. Está registrada e reconhecida a luta pela criação e manutenção de uma associação regional que ainda tem muito caminho pela frente, pois, no seu ciclo de vida, ainda é uma adolescente.

A Revista Brasileira de Terapia Familiar, em seu segundo número, é outra publicação que será conhecida no Congresso e que terá dois artigos de terapeutas da ACOTEF. Entendemos que essa gestão marcou sua participação e mostrou a produção dos nossos terapeutas.

Ao se falar do trabalho em conjunto com a ABRATEF é preciso lembrar que a ACOTEF já vinha a algumas gestões com dificuldade de apresentar na época da realização do Congresso, a sua nova diretoria eleita. Assim, andava em descompasso com as demais associações, contrariando o que estabelece o Estatuto da ABRATEF. Nessa gestão definiu-se a necessidade de se realizar um trabalho com o intuito de mobilizar os associados para a formação de chapas e realização de eleições antes do congresso. A gestão foi, então, abreviada para um ano e nove meses, já que a diretoria atual tomou posse em novembro. Esse objetivo foi alcançado e foi percebido um movimento intenso que quase culminou com a formação de duas chapas. Nesse sentido, viu-se pontos positivos tanto com a mobilização de mais associados interessados em assumir a associação, quanto no fato de uma das chapas ter declinado em favor da outra devido ao respeito pela profissional que encabeçava a outra chapa. Avalia-se, portanto ter um ocorrido um processo eleitoral maduro e respeitoso, além de revelador de grandes perspectivas para o futuro da ACOTEF.

- Organização da secretaria

A Secretaria da ACOTEF teve como principais ações as que seguem:

- Organização e padronização das ações da Secretaria (contato com associados, e-mails de boas vindas, análise de processo de filiação, envio de correspondências via e-mail etc).

- Integração entre as ações da Secretaria e Tesouraria. O fato de a tesouraria e a secretaria, trabalharem juntas, possibilita que o quadro de associados esteja atualizado. Com isso, foi possível se planejar ações no sentido de atualizar o quadro real de associados com a campanha de regularização.

- Organização e atualização dos documentos, arquivos e planilhas de associados. Com base no planejamento da ação com o intuito de se conhecer o quadro de associados, foi viável organizar a secretaria. Ainda assim, há associados que não entregaram toda a documentação, o que impossibilita ter um arquivo completo de todos os associados. Em conseqüência, muitas vezes alguns dados são requeridos e não podem ser informados. Daí a importância de que, a cada inscrição de nova associado, se tenha imediatamente toda a sua documentação. Uma sugestão para a próxima gestão é que sejam digitalizados todos os documentos hoje em pastas suspensas, a fim de e ter acesso imediato em cada necessidade, especialmente porque a ACOTEF não tem sede própria. Nessa gestão, já iniciamos a mudança de cultura de no sentido de que os associados enviem também por e-mail as fichas e, se possível a documentação. Assim, foi criada uma pasta no pen drive da associação denominada inscrições de associados onde foram salvas novas fichas.

Em decorrência da campanha de regularização, alguns associados foram excluídos da ACOTEF, por manifestação livre ou por não aderirem à campanha. Portanto, deixamos de contar oficialmente, após votação em assembleia, com um total de 47 associados. Temos certeza de que vários membros excluídos desempenharam um papel fundamental na construção da história da ACOTEF e cumprimos esse papel de excluí-los atendendo a uma deliberação da assembleia. Entendemos também que as mudanças de interesse podem ter feito esses membros se desvincularem, pois cada um segue seus rumos, mas a qualquer momento pode retornar à associação.

Em contrapartida, as atividades desenvolvidas pela ACOTEF durante essa gestão atraíram novos associados ou o motivou outros a reativarem sua inscrição. Destarte, em 2008, após a nossa posse, em novembro, uma nova associada ingressou. Em 2009 foram mais sete e em 2010 somaram-se 12 associados. Então, a despeito de termos perdido alguns membros acreditamos que a Associação está crescendo, pois novos associados ingressam com interesse em investir, em contribuir para o crescimento da Regional.

- Organização da tesouraria. O esforço conjunto da secretaria com a tesouraria conduziu à campanha de inadimplência, já que havia muitos associados que representavam constavam da nossa lista, mas não apresentavam qualquer tipo de contribuição. Isso resultava em gastos desnecessários, especialmente com correspondência. O resultado da campanha de inadimplência foi que alguns associados se posicionaram, e ainda hoje há alguns se manifestando, e aqueles que demonstraram desinteresse em regularizar sua situação financeira ou efetiva tacitamente, foram eliminados. Assim, foi possível organizar uma tabela que demonstra claramente a situação financeira de todo o quadro de associados.

Até a data da assembleia ordinária de eleição (07/08/2010) a receita total era de R$8.216,00 (oito mil, duzentos e dezesseis reais), sendo que tem a possibilidade de alguns associados pagarem a anuidade ainda com atraso. Portanto, é possível que até a data de posse da nova diretoria a receita seja maior. O saldo da conta corrente, nessa data, era de R$14.682,49 (quatorze mil, seiscentos e oitenta e dois reais e quarenta e nove centavos), além de haver uma aplicação de R$ 9.081,93 (nove mil, oitenta e um reais e noventa e três centavos). Pelo fato de se ter atingido a meta de organizar as finanças da Associação, uma das questões que se conseguiu nessa gestão foi o repasse da quota devida à ABRATEF, pontualmente.

III - Metas inviabilizadas: desafios para a próxima gestão

A Formação de comissões com os filiados para trabalhar projetos foi inviabilizada. No início da gestão, apresentaram-se vários associados com intenção de participar e compor comissões: de Formação, de Psicologia Jurídica. Ao menos uma reunião da primeira comissão se concretizou, contudo, as seguintes não foram viáveis frente às inúmeras demandas dos componentes da mesma, não sendo possível conciliar horários. Com a segunda ocorreu ainda mais dificuldade, não prevalecendo a comissão. Ademais, inúmeras demanda apresentadas à diretoria, impossibilitaram a coordenação desses trabalhos.

1. A meta de resgatar o projeto de clínica social, ou seja, de iniciar sua execução não foi possível. A dificuldade relacionada a esse objetivo continuou sendo a falta de espaço físico da ACOTEF. Além disso, seria necessário haver um coordenador dessa atividade, o que não pôde ficar a cargo da diretoria.

2. Criação de um núcleo de psicologia jurídica ou terapeutas do judiciário dentro da ACOTEF. Ao se formar a comissão acima referida, se imaginou que esse núcleo seria viabilizado, contudo, conforme já referido, não se viabilizou. Observa-se que as pessoas têm interesse, mas não disponibilidade para o trabalho. Além de se formar o núcleo, deveriam ocorrer discussões periódicas. Por ter permanecido um grupo sem organização, essa meta não foi alcançada.

3. Os grupos de estudos e supervisão deveriam ter o apoio da diretoria, mas serem coordenados por outros profissionais. Ao iniciar a gestão teve-se notícias de grupos que se organizavam, mas não deram continuidade. No decorrer da gestão, as demandas crescentes mostraram que a possibilidade de coordenar mais esse trabalho seria remota, sendo mais viável que os associados se organizassem para esse fim e a ACOTEF apoiasse a atividade.

4. A programação de cursos oferecidos por membros da própria associação ocorreu, sendo divulgados na nossa rede virtual durante a gestão, mas a ideia de que Sócios não pagam, não sócios pagam não se concretizou. Não foi formada uma parceria formal com a associação no sentido de o associado ser beneficiado ao participar. Possivelmente, essa meta tenha sido irreal no mundo capitalista da atualidade.

IV - Conclusão

A despeito de ter sido abreviado o tempo da gestão, entende-se que os resultados alcançados foram significativos tendo em vista o reduzido número de pessoas que efetivamente atuaram durante essa gestão. Uma diretoria, composta por seis membros, já é bastante restrita, especialmente quando se sonha realizar tantas metas como as que nos propusemos no início da gestão.

A redução das atividades deixando de lado o ideal e partindo para o que era realmente possível, nos fez alcançar resultados mais qualitativos do que quantitativos.

Acreditamos ter contribuído, nessa gestão, para dar um pouco mais de visibilidade à nossa associação e à terapia familiar. Não só pelos meios virtuais, mas por meio do registro da nossa história ao longo desses anos, o que se tornou um livro que será conhecido em todo o Brasil.

Deixar a ACOTEF com uma secretaria e uma tesouraria organizadas, sem dívidas, com canais de comunicação que, temos certeza, têm aproximado os associados e aqueles que se interessam pela nossa área, nos confere a tranqüilidade de dever cumprido.

Quanto às metas não alcançadas, temos certeza de que as gestões vindouras as perseguirão e alcançarão.

Brasília, 07 de agosto de 2010.

Joana d'Arc C. Santos
Presidente da ACOTEF
Gestão 2008-2010